quinta-feira, 25 de março de 2010

AUTOR QUE ESTAMOS ESTUDANDO - BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS


Bartolomeu Campos de Queirós é o autor do livro "DIÁRIO DE CLASSE" com o qual estamos trabalhando em nosso projeto literário.


Ele viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de "laranja serra-d'água", no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Beli Horizonte, onde reside e trabalha.


Seu interesse pela literatura e pelo ensino da arte o fez viajar muito por este país. Conhece as cidades apreciando azulejos e casas pacientemente - um andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar, com o mesmo encanto na alma com que observava os rios da Amazônia, dos quais costuma sentir saudades em Minas.

Bartolomeu só faz o que gosta, não cumpre compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareçam substanciais. Diz ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes. "Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar."


Em 1974 publicou seu primeiro livro, O peixe e o pássaro, e desde então vem firmando seu estilo de escrita como uma prosa poética da mais alta qualidade.


Com formação nas áreas de educação e arte, cursou o Instituto Pedagógico de Paris. Desde os anos 70, tem destacada atuação como educador, em vários níveis, contribuindo com importantes projetos para a Secretaria de Estado da Educação e para o Ministério da Educação. Participa do Projeto ProLer, da Biblioteca Nacional, dando conferências e seminários sobre educação, leitura e literatura. Tem 43 livros publicados no Brasil e vários deles traduzidos e editados em outros países.
É detentor dos mais importantes prêmios literários nacionais, como:


  • Prêmio Cidade de Belo Horizonte;

  • Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro;

  • Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infanta-Juvenil;

  • 9ª Bienal de São Paulo;

  • 1ª Bienal do Livro de Belo Horizonte;

  • Diploma de Honra da IBBY, de Londres;

  • Prêmio Rosa Blanca (Cuba);

  • Quatrième Octagonal (França);

  • Prêmio Nestlé de Literatura;

  • Prêmio Academia Brasileira de Letras.
    Com o livro "Indez", foi o vencedor do Concurso Internacional de Literatura Infanto-Juvenil (Brasil, Canadá, Suécia, Dinamarca e Noruega). Vários de seus textos foram adaptados para o teatro, dentre eles, "Ciganos", encenado pelo Grupo Ponto de Partida. Sua obra tem sido tema de teses acadêmicas (áreas de literatura e psicologia) em várias universidades brasileiras.

    Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes, membro do Conselho Estadual de Cultura e do Conselho Curador da Escola Guignard, membro do Conselho de Curador da Fundação Municipal de Cultura. Atua também como crítico de arte, integrando júris e comissões de salões e fazendo curadorias e museografias de exposições.



  • Palavras


    Se olho demoradamente para uma palavra descubro, dentro dela, outras tantas palavras. Assim, cada palavra contêm muitas leituras e sentidos. O meu texto surge, algumas vezes, a partir de uma palavra que, ao me encantar, também me dirige. E vou descobrindo, desdobrando, criando relações entre as novas palavras que dela vão surgindo. Por isso digo sempre: é a palavra que me escreve. Leia lentamente, por exemplo, a palavra janela, tentando encontrar as outras palavras que nela estão debruçadas. Aí você compreenderá como foi fácil escrever este Diário de classe.
    (Bartolomeu Campos de Queirós)

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